Notório Saber ao Mestre Nô

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Esta mensagem busca lançar um movimento de mobilização nacional e internacional em prol do título de Notório Saber ao Mestre Nô a ser submetido ao Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O título de notório saber é concedido pela UFSC aqueles que possuem comprovadamente “alta qualificação científica”. Os critérios exigem 160 pontos em ações que vão desde publicações até títulos recebidos pelo mestre, trabalho de significação artística, técnica ou cultural, reconhecido nacionalmente ou internacionalmente, além de outras atividades consideradas relevantes para a área: capoeira e educação popular (ver resolução 55/CEPE/92).

Nossa tarefa é de reunir e organizar os documentos que “comprovem” os títulos recebidos, os eventos organizados, os grupos sob sua liderança no mundo todo, as rodas, os cargos em entidades representativas no meio da capoeira, enfim, todos os documentos que possam indicar e comprovar a presença de Mestre Nô como um legitimo representante do ensino, promoção e difusão da arte luta capoeira no mundo todo. Nós sabemos do valor do mestre e afirmamos isso em todos os momentos e espaços onde circulamos, mas neste caso é preciso documentar e criar um clima que favoreça este título.

Por que o título é importante: Ele garante ao Mestre Nô e a qualquer outro mestre que venha se beneficiar do mesmo, das mesmas prerrogativas que um doutor formado na academia. O que, em tese, garantiria a presença de Mestre Nô num concurso público para professor do magistério em qualquer um de seus níveis… O que poderia desdobrar em inúmeros outros benefícios que romperiam a margem de exclusão em que se encontram muitos de nossos mestres, impedidos inclusive de circular pelo mundo livremente (viagens ao exterior) e a serviço de sua arte.

Grato e toda contribuição no sentido de promover a reflexão e a busca de melhores caminhos que venham valorizar o trabalho dos mestres é de todo bem vinda.

Maiores Informações:

Professor Fábio Machado Pinto. Coordenador do Projeto de Extensão Capoeira da Ilha UFSC/MEC SESu – projetocapoeiradailha@gmail.com

Bodas de Prata

“Essa arte que me encanta, não consigo mais sair.

Aprendi a Capoeira que vem lá dos ancestrais.

Salve, salve o Alemão, que me ensinou o ABC…”

No dia 05 de abril de 1988, no antigo Ginásio de Alumínio da UFSC iniciei meu aprendizado na Capoeira com o contramestre Alemão.

Já havia me encantado quando assisti o I Batismo realizado no RU em dezembro de 1987, onde mesmo sem praticar a Capoeira, recebi um presente da Associação Atlética onde era bolsista: um berimbau das mãos do Mestre Nô. Nem imaginava que a Capoeira iria se tornar tão importante na minha vida.

Passados 25 anos é difícil fazer um balanço ou um relato, porque me faltam palavras para expressar qual o significado que a Capoeira tem para mim. Como diz a cantiga “minha vida é capoeira e eu sou capoeira”.

Muitas rasteiras eu levei e ainda levo, mas a cada dia tenho forças para levantar e continuar na luta. Sinto-me ainda uma iniciante e que ainda tenho muito a crescer.

O que de melhor levo dessa vida na capoeiragem são os amigos que fiz. Nem tenho como elencar, mas todos moram no meu coração.

Agradeço a minha família pelas minhas ausências e por compreender a importância da Capoeira para mim.

Agradeço ao Alemão por me iniciar nesta arte tão bela! Ao Mestre Nô que nos ensina a cada dia  com sua sabedoria a “Capoeira na Roda e na Vida”. À minha mana Danuza e todos os meus camaradas!

Iê a Capoeira!